* Um post também conhecido como “tenho fotos demais e não consigo escolher”
Pra uma ilha tão pequenininha, Formentera tem uma história impressionante. Pode-se encontrar evidências da presença humana na ilha há 4000 anos, e desde então por lá já passaram os fenícios, gregos, romanos, mouros, árabes e cristãos catalães.. Mas após o descobrimento da América, o comércio no Mediterrâneo perdeu um pouco o foco e Formentera foi gradualmente caindo no esquecimento – ou não tão gradualmente assim, visto que na mesma época a ilha sofria constantes ataques de piratas vindos do norte da África.
Foi apenas no século XVII que Formentera começou a ser povoada novamente, e para facilitar a vigilância e manter os piratas à distância foram construídas quatro torres na ilha principal e uma em s’Espalmador (aquela pontinha ao norte de Formentera). Incluímos uma delas no nosso fatídico passeio de bicicleta, e começamos o dia visitando a Torre de Punta Prima.
E que vista! De um lado o chão rochoso e seco da ilha, com vegetação escassa e lagartinhos cor de esmeralda correndo pra lá e pra cá (eles são inclusive o símbolo de Formentera e estão na maioria dos souvenirs), do outro o Mediterrâneo de um azul inacreditável indo ateeeeee onde a vista alcança. Com um céu igualmente azul e o barulho das gaivotas voando e das ondas quebrando lá embaixo, escavando grutas e moldando o futuro da ilha.
E apesar de ser um domingo pela manhã e termos ficado um bom tempo admirando a paisagem e tirando mil fotos, deu pra contar nos dedos de uma mão quantas pessoas encontramos por lá. Se esse silêncio e essa brisa do mar não definem paraíso, eu não sei o que define.
